Brasil investiga 48 casos suspeitos de intoxicação por metanol

Ministério da Saúde confirma 11 diagnósticos e monitora possíveis mortes em São Paulo e Pernambuco.
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O Ministério da Saúde informou nesta quinta-feira (2) que o Brasil tem 48 casos em investigação de possível intoxicação por metanol. Até agora, 11 foram confirmados em exames laboratoriais. Uma morte foi registrada em São Paulo, e outros sete óbitos estão em análise, entre eles cinco em São Paulo e dois em Pernambuco.

O metanol é um líquido incolor, inflamável e solúvel em água. Ele é usado em solventes, combustíveis e produtos industriais, mas não pode estar presente em bebidas alcoólicas. Sua presença indica adulteração. Quando ingerido, o fígado metaboliza a substância e gera formaldeído e ácido fórmico, compostos altamente tóxicos que afetam o sistema nervoso, a visão e as células do corpo. Mesmo pequenas doses podem levar à cegueira ou morte.

Sintomas da intoxicação

Os primeiros sinais aparecem geralmente entre 12 e 14 horas após a ingestão da bebida adulterada. Entre eles:

  • Iniciais: dor de cabeça, náusea, vômito e dor abdominal;
  • Neurológicos: tontura, confusão mental e convulsões;
  • Oculares: visão turva, sensibilidade à luz e cegueira;
  • Casos graves: coma ou morte.

O que fazer em caso de suspeita

A intoxicação por metanol é considerada urgência médica. A orientação é:

  • Procurar atendimento hospitalar imediato;
  • Levar a embalagem ou amostra da bebida ingerida;
  • Acionar serviços de urgência como o Disque-Intoxicação da Anvisa (0800 722 6001) ou os números do CIATox regionais;
  • Alertar outras pessoas que possam ter consumido a mesma bebida.

O tratamento pode incluir o uso de etanol venoso como antídoto e até hemodiálise em situações mais graves.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, reforçou que o governo acompanha os casos por meio da Sala de Situação. Já especialistas alertam para que os consumidores comprem apenas bebidas de estabelecimentos confiáveis, desconfiem de preços muito abaixo do normal e sempre verifiquem selos fiscais e lacres de segurança.

As informações são da Agência Brasil

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