A Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) demonstrou preocupação com a diferença nas tarifas por quilômetro rodado entre os lotes do novo modelo de concessões rodoviárias do Estado. Segundo a entidade, o lote 6, que abrange as regiões Oeste e Sudoeste, tem tarifas até 79% mais altas do que o lote 1, o que pode comprometer a competitividade e o desenvolvimento regional equilibrado.
A Fiep também lembrou que os contratos preveem um “degrau tarifário”, com aumento de até 40% quando as duplicações das rodovias forem concluídas, o que pode agravar ainda mais o impacto para o setor produtivo.
Mesmo com as críticas, a entidade reconheceu avanços importantes conquistados pela mobilização da sociedade civil e da Frente Parlamentar do Pedágio, como:
- Fim da outorga onerosa, que deixaria recursos no caixa do Governo Federal;
- Eliminação do limite de 17% nos descontos, o que permitiu leilões mais competitivos e tarifas mais baixas.
Essas mudanças representaram um ganho estimado de R$ 9,52 bilhões para os paranaenses, sendo R$ 7,71 bilhões em desconto direto nas tarifas e R$ 1,81 bilhão em aportes que poderão ser revertidos em obras ou reduções futuras.
A Fiep afirmou ainda que vai acompanhar todas as etapas do processo por meio do Observatório dos Pedágios, ferramenta criada para monitorar contratos e fiscalizar prazos das obras.
Para a entidade, é essencial garantir planejamento, transparência e fiscalização constante, além de buscar formas de reduzir as diferenças entre os lotes, para que o sistema de concessões seja um motor de desenvolvimento para todo o Paraná.
Atento News, com informações da Fiep