O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, esteve em Rio Bonito do Iguaçu neste domingo (9) e explicou como será a atuação do governo federal na reconstrução da cidade após o tornado.
“Não faltará certo absolutamente nada. E queremos focar e priorizar a questão do restabelecimento dos serviços e da reconstrução. Inclusive a equipe nossa que ficou aqui ontem, já tem levantamento macro que nos dá a condição já de até tomar a decisão hoje, em termos de reconstrução iniciar anunciar recursos para reconstrução.”
O ministro afirmou que os planos de trabalho serão coordenados pela Defesa Civil nacional, estadual e municipal e que a análise será rápida:
“Nós queremos evitar diligências, por exemplo. Pra gente é importante que os planos de trabalhos sejam feitos em três mãos, porque daqui entrou no nosso sistema. A gente já faz a aprovação sumária, seja de reconstrução ou de restabelecimento. Nós queremos aprovar quantos planos forem necessários, conforme a orientação do presidente Lula e já dito pela ministra Gleisi em rito sumário.”
Segundo Góes, vários ministérios e órgãos já estão envolvidos:
“Todos os ministérios que precisar serem envolvidos serão, como já veio aqui ontem, a ministra Gleisi, o Ministério da Integração da Saúde, o FGTS já foi anunciado, a presidente do INSS está aqui comigo neste momento para fazer anúncios também.”
Ele disse que o presidente Lula acompanha o caso:
“Ontem eu falei com ele, a Gleisi também. Ele está inteirado de tudo o que está acontecendo e do ocorrido e também das ações do governo federal.”
Sobre prevenção e cultura de risco, o ministro destacou:
“Isso só reforça os cuidados que nós temos que ter de criar cultura de risco no país. O Brasil tem o seu primeiro Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil, construído com a participação dos estados e dos municípios, que será agora anunciado na COP 30. É claro que no caso de um tornado é mais difícil prever. Mas a cultura do risco passa a ser uma cultura forte no Brasil.”
Ele relacionou o episódio às mudanças climáticas:
“O que aconteceu aqui em Rio Bonito do Iguaçu é uma demonstração que todo o Estado brasileiro está sujeito a ter situações extremas provocadas pelas mudanças climáticas. E obviamente que isso deve servir de alerta para todos nós e maior integração em toda a preparação para lidar com essas situações e assistir a sociedade.”
O que aconteceu mais cedo neste domingo
Secretaria de Segurança do Paraná: em coletiva, o secretário Hudson Leôncio Teixeira disse que seria votada alteração do Fundo de Calamidade para repasse direto às pessoas físicas afetadas, com cadastro obrigatório e avaliação dos imóveis. Ele também falou em moradias temporárias (pequenas residências com sala, cozinha e banheiro) até a reconstrução definitiva.
Defesa Civil do Paraná: o coordenador coronel Fernando Schunig informou que não há desaparecidos, que a limpeza foi dividida em cinco setores e que os entulhos vão para depósito temporário antes da destinação ambiental correta. Ele disse que o trabalho foi intensificado desde sábado.
Por William Batista
