Protetores de animais se mobilizam para resgatar bichos feridos após tornado em Rio Bonito do Iguaçu

Voluntários de várias cidades estão recolhendo cães e gatos machucados, oferecendo primeiros socorros e buscando abrigo temporário. A ONG Bicho Vivo, liderada pela psicóloga Alana Brito, coordena as ações.
Foto: William Batista/ Atento News

A mobilização pelos animais também ganhou força em Rio Bonito do Iguaçu depois do tornado que destruiu parte da cidade. Desde sábado (8), voluntários e protetores de diferentes ONGs estão atuando no resgate de cães e gatos feridos, assustados e perdidos nas ruas.

O Atento News está na cidade e conversou com os organizadores do movimento.

A psicóloga Alana Brito, presidente da ONG Bicho Vivo, de Laranjeiras do Sul, explicou que o grupo está fazendo o possível para salvar os animais atingidos.

“Nós estamos aqui resgatando os animais que estão feridos, machucados, levando comida e água, porque eles estão todos perdidos e assustados. Os mais urgentes a gente traz para cá, faz os primeiros socorros e leva para Laranjeiras, para a clínica, se precisar de cirurgia.”

Segundo Alana, muitos animais sofreram fraturas, cortes e lesões provocadas por destroços das casas.

“Tem muito animal quebrado, muito animal machucado, lesionado, cortado. Então a gente tá fazendo esses resgates.”

Foto: William Batista/ Atento News

Resgates e atendimentos

Desde o início da operação, os voluntários já conseguiram resgatar seis animais em estado grave, levados para atendimento veterinário em Laranjeiras do Sul.

Outros bichos com ferimentos leves receberam socorro no local e foram deixados nas proximidades onde foram encontrados.

“Alguns a gente manteve aqui, os que não estavam tão machucados. A gente deu socorro, viu que eles estavam bem e deixou pela rua mesmo, porque não temos abrigo nem pra onde levar.”

Parcerias e apoio

A ONG Bicho Vivo conta com o apoio do CREAS de Laranjeiras e do Ministério Público, que estão ajudando a organizar um espaço para abrigar os animais resgatados.

“O pessoal do CREAS vai nos ajudar. O promotor de lá entrou em contato com a gente pra organizar um abrigo, um local pra levar esses animais.”

Alana explicou que há entre 15 e 20 protetores envolvidos diretamente nas ações, vindos de várias cidades do Paraná.

“Veio o pessoal das ONGs da região, protetores independentes, gente de Quedas, Laranjeiras, Saudades, Marechal. Estamos em torno de umas quinze a vinte pessoas.”

Doações e necessidades

As equipes estão recebendo doações de ração, medicamentos e materiais de limpeza, mas o principal desafio agora é encontrar lares temporários para os animais.

“Estamos recebendo muita ração e muita ajuda com medicamento. O que a gente mais precisa no momento são lares temporários, porque a gente não tem pra onde levar os animais.”

Por William Batista e Cleo Ferreira

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