Tecnologia usada nas enchentes do Rio Grande do Sul ajuda na comunicação em Rio Bonito do Iguaçu; assista

Equipamento criado por empresários gaúchos funciona com energia solar, tem duas baterias e garante internet e recarga de celulares em áreas isoladas por até 300 dias.
Foto: William Batista/ Atento News

O empresário Flaviano Moroni, do Rio Grande do Sul, trouxe para Rio Bonito do Iguaçu um equipamento de comunicação movido a energia solar, desenvolvido durante as enchentes no estado gaúcho.

Ele explicou ao Atento News, que o sistema foi criado para atender comunidades que ficaram isoladas e sem acesso à comunicação.

“A falta de comunicação agravou muitos problemas lá. Então a gente desenvolveu um sistema com energia solar, carregador de celular, telefone de emergência, internet via satélite, wi-fi para trezentas pessoas.”

O equipamento não usa cabos nem energia elétrica, funciona com duas baterias e pode permanecer ligado por até 300 dias sem precisar de recarga.

O serviço foi disponibilizado gratuitamente, sem necessidade de nenhum tipo de cadastro.

“Ela não utiliza nada de infraestrutura terrestre, não utiliza cabos, energia elétrica, nada. E ela pode se manter por vários dias sem precisar de alimentação.”

Voluntários do Rio Grande do Sul

Moroni contou que veio voluntariamente ao Paraná para ajudar as equipes que atuam na cidade e testar o sistema em um novo cenário de emergência.

“Ontem de manhã a gente viu que o equipamento podia ser útil aqui. Falamos com a Defesa Civil e eles pediram para colocar aqui, porque estavam com problema de internet, comunicação e recarga de celulares. A gente deixou aí para que funcionasse.”

Os voluntários são da cidade de Guaporé (RS) e vieram, segundo ele, retribuir a ajuda recebida do Paraná nas enchentes do Sul.

“Viemos aqui retribuir a ajuda que deram para nosso estado.”

Comunicação e alerta

O equipamento também tem corneta de aviso e câmera que podem ser usadas pela Defesa Civil para enviar alertas e monitorar as áreas atingidas.

“A Defesa Civil pode ligar para esse equipamento e dar avisos para a região, se ela tiver numa área isolada. Pode comunicar às pessoas que o rio vai subir ou que vai ter vento. A câmera serve para a Defesa Civil monitorar o ambiente.”

Segundo Moroni, a tecnologia pode ser usada também em aldeias indígenas e comunidades isoladas, levando internet, energia e comunicação de forma independente.

Por William Batista

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