Paranaenses abandonam tradição de adotar sobrenome do cônjuge e índice atinge menor nível em 20 anos

Levantamento dos cartórios mostra queda histórica na troca de sobrenomes após o casamento no estado.
Foto: Ilustrativa

A prática de mudar o sobrenome após o casamento está perdendo força no Paraná. Dados dos Cartórios de Registro Civil mostram que, em 2024, pouco mais da metade das mulheres, 54%, decidiu acrescentar o sobrenome do marido, o menor percentual registrado desde 2003. Foi naquele ano que o Código Civil passou a permitir que qualquer integrante do casal adotasse o sobrenome do outro, tornando a escolha opcional.

O levantamento mostra que, dos 60.341 casamentos realizados no estado em 2024, apenas 32.893 resultaram na inclusão do sobrenome masculino. Há duas décadas, o cenário era bem diferente: em 2003, 77,7% das mulheres adotavam o sobrenome do marido.

Além disso, cresceu o número de casais que mantêm o nome de solteiro. Em 2024, essa foi a escolha em 39,79% dos casamentos, índice superior ao registrado em 2003, quando apenas 30% optavam por não alterar o nome.

A mudança do sobrenome masculino ainda é rara. Embora permitida por lei desde 2003, a adoção do sobrenome da esposa pelos homens segue abaixo de 1% dos registros. O maior índice ocorreu em 2023, quando 0,66% dos noivos escolheram acrescentar o sobrenome da parceira.

Outro dado que chama atenção é o crescimento, ainda tímido, de casais que decidem adotar o sobrenome um do outro. Em 2024, essa modalidade representou 5,08% dos casamentos, contra apenas 0,2% há duas décadas.

O levantamento indica que, com a flexibilização trazida pela legislação, os paranaenses têm exercido cada vez mais a liberdade de escolha e rompido com padrões tradicionais ligados ao nome após o casamento.

As informações são do g1.

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