Caixa libera novamente mais de um financiamento imobiliário ao mesmo tempo

Mudança atende ao mercado e ocorre após nova regra do Banco Central permitir mais recursos da poupança para crédito habitacional.
Fachada da agência da Caixa Econômica Federal, em Guarapuava. Arquivo. Foto: William Batista/ Atento News

A Caixa Econômica Federal voltou a permitir que clientes contratem mais de um financiamento imobiliário ao mesmo tempo pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). A regra antiga estava em vigor desde novembro de 2024 e impedia que pessoas com um financiamento ativo, incluindo seus cônjuges, acessassem um novo crédito no banco.

Segundo a instituição, a restrição foi criada para conter a alta procura por financiamentos em um momento de pouca disponibilidade de recursos na poupança. Agora, com a mudança anunciada pelo Banco Central nos depósitos compulsórios, parte do dinheiro antes retido poderá ser usado diretamente para crédito habitacional, o que abriu espaço para rever a norma.

O SBPE é alimentado principalmente por depósitos da poupança e é uma das principais fontes de financiamento imobiliário do país. Nesse modelo, o saldo devedor é corrigido pela Taxa Referencial (TR), com juros a partir de 10,99% ao ano e prazo que pode chegar a 35 anos.

A Caixa afirma que a retomada da possibilidade de múltiplos financiamentos atende a uma demanda do mercado e amplia as opções para famílias e investidores. O presidente do banco, Carlos Vieira, destacou que o reforço nos recursos eleva a capacidade das instituições de manter o ritmo das concessões e dá estabilidade ao setor.

A mudança integra o pacote de ações lançado pelo governo para ampliar o crédito imobiliário. As medidas incluem o aumento do valor máximo de imóveis financiáveis, a ampliação do percentual que pode ser financiado e novas regras de uso do FGTS, que agora também pode ser utilizado para imóveis acima de R$ 1,5 milhão, até o limite de R$ 2,25 milhões em alguns modelos.

Com as alterações nos compulsórios, o Banco Central estima que R$ 111 bilhões devem ser liberados no primeiro ano, reforçando a construção civil e ajudando a movimentar a economia.

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