O furto na Unidade Básica de Saúde (UBS) do Boqueirão, em Guarapuava, foi descoberto ainda na noite de domingo (5) e causou grandes prejuízos. Cabos de energia e o aparelho de ar-condicionado foram levados, deixando a unidade sem eletricidade e comprometendo todos os imunizantes armazenados.
Na manhã desta segunda-feira (6), a reportagem do Atento News esteve no local e conversou com a coordenadora da unidade, Elenice Ribeiro de Oliveira, técnica de enfermagem. Ela relatou o impacto do crime e mostrou a sala de vacinas completamente fora de funcionamento.
“Muita vacina perdida. É um prejuízo muito grande”, lamentou Elenice.
Segundo ela, o furto provavelmente aconteceu durante a madrugada de sábado para domingo. “Ontem à noite, por volta das 19h, passei por aqui e percebi que estava tudo escuro. Vi que tinham levado os cabos, porque as luzes que deixei acesas estavam apagadas. Quando abrimos hoje, a câmara de vacinas já estava desligada e sem condições de uso.”
A perda foi total. Sem energia, a temperatura passou do limite permitido de 2º a 8ºC, inutilizando todas as vacinas. “A gente não tem como recuperar. É um prejuízo financeiro e também para a saúde da comunidade, que depende dessas vacinas”, disse a coordenadora.
Além das doses inutilizadas, os atendimentos desta segunda-feira precisaram ser suspensos. Cerca de 80 consultas médicas e de enfermagem deixaram de ser realizadas.
O secretário municipal de Saúde, Márcio Brunsfeld, também esteve na UBS e afirmou que o episódio causa indignação.
“É lamentável. É o segundo furto em poucos dias. Semana passada já tinham levado o compressor da odontologia. Agora, os cabos e o ar-condicionado. Isso paralisa completamente o atendimento e gera um prejuízo enorme para toda a cidade”, destacou.
Brunsfeld explicou que a Secretaria já registrou boletim de ocorrência e cobrou agilidade das autoridades policiais.
“É um roubo ao próprio cidadão, porque é dinheiro público. Recursos que poderiam ser usados para exames, consultas e medicamentos acabam sendo direcionados para reparar o que foi destruído. Precisamos de resposta das autoridades, porque está virando rotina”, disse.
Enquanto o conserto da rede elétrica é providenciado, a unidade segue fechada. A Prefeitura pede que a população colabore com denúncias anônimas pelo 190 (Polícia Militar) ou 197 (Polícia Civil).
“Cuidar do que é público é cuidar da cidade. Atos como esse afetam diretamente o bem-estar de quem mais precisa do serviço público”, concluiu o secretário.
