Uma mulher de 76 anos foi resgatada de condições análogas à escravidão após trabalhar por 25 anos como empregada doméstica e cuidadora em uma casa na cidade de Ubá (MG). Nos últimos cinco anos, ela não recebia salário.
A operação foi realizada por auditores-fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), com apoio do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Polícia Federal (PF).
Segundo o MTE, a idosa foi contratada no fim de 1999 para cuidar de uma mulher de 74 anos. No início, recebia meio salário mínimo, mas, com o tempo, o valor foi suspenso. Ela trabalhava todos os dias, dormindo em um quarto pequeno ao lado da patroa, sem férias, 13º salário ou registro em carteira.
O coordenador da ação, Luciano Rezende, explicou que a denúncia partiu da própria vítima. “Os filhos da idosa que recebia os cuidados pararam de pagar, e ela continuou trabalhando por se sentir moralmente obrigada”, disse.
Após o resgate, a trabalhadora teve o contrato encerrado, recebeu o registro formal, o pagamento dos direitos trabalhistas e o seguro-desemprego especial. Os empregadores foram autuados e deverão pagar o que é devido.
De acordo com o MTE, foram lavrados 13 autos de infração, e o caso segue sob acompanhamento.
DENÚNCIAS – Denúncias de trabalho doméstico em condições análogas à escravidão podem ser feitas de forma anônima pelo Sistema Ipê, disponível em: https://ipe.sit.trabalho.gov.br/ .
Atento News, com informações da Agência Gov