PR utiliza mão de obra de presos na reconstrução de escolas e da Apae em Rio Bonito do Iguaçu

Quatorze detentos já trabalham na limpeza e recuperação dos prédios atingidos pelo tornado; número deve dobrar até terça-feira (11).
Foto: SESP

O governo do Paraná começou nesta segunda-feira (10) a usar mão de obra de detentos na reconstrução das escolas, creches e da Apae de Rio Bonito do Iguaçu, cidade que foi destruída por um tornado na última sexta-feira (7).

A medida faz parte do programa Mãos Amigas, que promove a reinserção social de pessoas privadas de liberdade por meio de serviços de manutenção e reparos em prédios públicos. A ação é coordenada pelas secretarias estaduais da Segurança Pública e da Educação.

Assista a coletiva de imprensa: as imagens são da AEN-PR

Atualmente, 14 presos já trabalham na cidade, quatro vindos da Cadeia Pública de Laranjeiras do Sul e dez da Penitenciária Estadual de Guarapuava. Todos cumprem pena em regime semiaberto e foram selecionados por bom comportamento e baixo grau de periculosidade.

“Vamos chegar a 30 detentos do Mãos Amigas para ajudar na limpeza dos entulhos. Queremos ser rápidos nisso para que em breve as crianças e adolescentes voltem para a escola”, afirmou o governador Ratinho Junior.

Os detentos estão atuando inicialmente na remoção de entulhos e limpeza do Colégio Estadual Ludovica Safraider, um dos mais atingidos pela tragédia. O ginásio da escola foi completamente destruído e precisará ser reconstruído.

Até terça-feira (11), outros 16 presos da região de Cascavel devem se juntar ao grupo, formando quatro equipes, cada uma com um policial penal e quatro detentos. Embora nem todos façam parte oficialmente do programa Mãos Amigas, todos têm autorização judicial para realizar trabalhos externos em atividades comunitárias.

O Paraná é pioneiro no uso de trabalho prisional para manutenção e reconstrução de escolas. No programa, cada três dias de serviço reduzem um dia da pena. Só em 2025, 427 escolas estaduais já foram atendidas, com mais de 2 mil serviços realizados.

O governo estadual também liberou R$ 50 mil para o Colégio Estadual Ireno Alves dos Santos e R$ 25 mil para o Colégio Estadual Ludovica Safraider, recursos do Fundo Rotativo usados em reparos imediatos e compra de materiais.

Engenheiros do Fundepar e técnicos do Núcleo Regional de Educação estão na cidade fazendo o levantamento dos danos para contratar as obras emergenciais. A reconstrução começará assim que as equipes finalizarem a limpeza e avaliação estrutural dos prédios.

Atento News, com informações da AEN-PR

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