Durante as gravações do Atento News em Rio Bonito do Iguaçu, nesta quarta-feira (12), a equipe foi surpreendida por uma cena que emocionou todos. Uma menina de apenas 7 anos, Ana Luiza Rodrigues da Silva, se aproximou com o desejo de falar. Com o microfone nas mãos, ela demonstrou maturidade e gratidão em meio à destruição deixada pelo tornado da última sexta-feira (7). Assista o vídeo no final da reportagem,

“Eu queria agradecer muito às polícias que estão ajudando aqui, que é um resgate por elas, que ontem furou nosso pneu, a Rota parou lá e ajudou nós com um pouco de cola Super Bonder, nós conseguimos ir pra casa”, contou Ana Luiza.

Ao lado da mãe, Lucimara Rodrigues Costa, a menina falou sobre o que restou da casa da família e o quanto acredita na reconstrução. “As casas ficam construídas, não tem mais bonito, mas ele vai ter em pé. Mas não pode imaginar na cabeça que na cor bonito vai ficar instruído. Ele vai estar em pé de volta. Vai, né? Vai ficar mais que melhor que antes”, disse, com convicção.

A mãe, visivelmente emocionada, falou sobre as dificuldades dos últimos dias. “Nós estamos bem, graças a Deus. Precisando só de remédio, mas vou conseguir em nome de Jesus. Fiquei três dias sem tomar o remédio da ansiedade, mas minha filha me fez melhorar”, contou Lucimara.

A menina, que se mostrou comunicativa e alegre, chegou a fazer perguntas para a mãe, assumindo o papel de repórter por alguns instantes. “Eu quero agradecer todo mundo que tá aqui, crianças, coisa que ajuda demais também nós. Então, até um beijo, tchau, obrigado, tá?”

Quando perguntada sobre o futuro, respondeu com firmeza:
“Repórter!”

E, no fim, fez questão de encerrar a conversa como uma profissional:

“Eu até aqui no Rio Bonito, o Grande Rio Bonito, né? Que ele é bonito. Então, aqui eu quero agradecer… Beijo, tchau.”

A mãe ainda deixou um número para quem quiser ajudar a família: (46) 99900-4927.
Ela vive com a filha e o marido e conta com o apoio das doações e da solidariedade de quem também tem enfrentado dias difíceis na cidade.

Mesmo sem luz e água há cinco dias, mãe e filha seguem firmes.

Por William Batista e Cleo Ferreira