O ex-presidente Jair Bolsonaro foi preso na manhã deste sábado (22), após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão foi tomada durante a madrugada, depois de a Polícia Federal avaliar que havia risco concreto de fuga e tentativa de obstrução do cumprimento das medidas impostas ao ex-mandatário.
A ordem judicial determinava que a prisão fosse cumprida de forma reservada, sem algemas e sem exposição pública. Por volta das 6h, agentes da PF chegaram ao condomínio onde Bolsonaro cumpria medida restritiva em Brasília e o levaram à Superintendência da corporação, na Asa Sul.
Reação das autoridades e avaliação de risco
Segundo relatos encaminhados ao STF, a PF identificou indícios de que Bolsonaro poderia tentar se movimentar de maneira irregular e comprometer as medidas determinadas pela Justiça. A Procuradoria-Geral da República informou na madrugada que não se opôs ao pedido de prisão.
Para Moraes, o conjunto de informações apresentadas indicava que o ex-presidente representava risco de fuga. O ministro destacou que aliados próximos, e até um dos filhos, já haviam tentado deixar o país em momentos de avanço de investigações.
Vigília convocada por Flávio Bolsonaro aumentou a preocupação
Horas antes da decisão, o senador Flávio Bolsonaro havia convocado apoiadores para uma vigília em frente à casa do pai. Para a PF, o ato tinha caráter político e poderia provocar aglomeração, tumulto e dificultar o cumprimento de ordens judiciais.
Esse movimento foi considerado mais um elemento que reforçava a necessidade de prisão imediata para evitar riscos adicionais.
Linha do tempo da prisão
- 17h de sexta (21): Flávio Bolsonaro convoca vigília em frente à casa do pai.
- 23h: PF envia ao STF pedido de prisão, citando risco de obstrução.
- 1h25 de sábado (22): PGR informa que não se opõe.
- Madrugada: Moraes determina prisão preventiva.
- Após as 6h: Bolsonaro é preso e levado à sede da PF.
Atento News, com informações do g1.