Com a aproximação do fim de ano e o aumento natural das compras, o cuidado com o orçamento familiar precisa ser redobrado. A Taxa Selic de 15%, definida pelo Banco Central, impacta diretamente o bolso do consumidor, elevando o custo do crédito e os juros de financiamentos e cartões. Assista a entrevista completa, abaixo.
O professor e economista Simão Ternoski, da Unicentro, explica que o objetivo do governo ao manter a Selic alta é controlar a inflação, mas que esse cenário tem reflexos diretos no endividamento das famílias.
“Quando os juros sobem, o crédito fica mais caro e as famílias acabam comprometendo o orçamento. Muitos recorrem ao cheque especial ou ao cartão de crédito e acabam pagando juros altíssimos”, destacou o economista.
Segundo Ternoski, o período também pode ser uma oportunidade de reorganizar as finanças, especialmente com a chegada do 13º salário.
“É um bom momento para quitar dívidas com juros maiores, como o cartão e o cheque especial, e buscar linhas de crédito mais baratas”, orienta.
Investimentos e planejamento
O professor explica que, com a Selic alta, investimentos em renda fixa se tornam mais atrativos. Ele cita CDBs, LCIs e LCAs como alternativas seguras para quem deseja aplicar sem correr grandes riscos.
“Não existe investimento ideal para todos. Depende do perfil de cada pessoa. O importante é entender o risco e buscar informação antes de aplicar o dinheiro”, reforça.
Simão também destaca a importância da educação financeira desde cedo, algo que vem sendo trabalhado nas escolas e universidades.
“As novas gerações já têm mais acesso à informação e estão aprendendo a lidar melhor com o dinheiro. O conhecimento é o primeiro passo para evitar armadilhas e tomar decisões conscientes.”
A Unicentro, segundo o professor, mantém ações de extensão para aproximar o curso de Economia da comunidade.
“A universidade não está isolada. Temos projetos e professores disponíveis para orientar sobre orçamento, dívidas e investimentos”, conclui.