O cenário político para 2026 ganhou novos movimentos depois que o ex-presidente Jair Bolsonaro indicou seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), como candidato à Presidência. A escolha provocou reações entre governadores da centro-direita, incluindo o paranaense Ratinho Jr. (PSD), que concedeu entrevista ao Poder360 neste sábado (6).
Ratinho afirmou que “a centro-direita tem bons quadros” e que sua preocupação no momento é “colaborar com o novo Brasil”, seja como candidato ou dentro de um projeto coletivo. O governador disse ainda que não pretende antecipar definições eleitorais: “O ano de 2026 nós vamos discutir em 2026”.
Durante o encontro do COSUD (Consórcio de Integração Sul e Sudeste), realizado ontem (5), no Rio de Janeiro, Ratinho reforçou que o PSD segue construindo uma alternativa nacional. Ele citou outros nomes que vêm sendo mencionados para a disputa, como Romeu Zema (Novo), Eduardo Leite (PSD) e Ronaldo Caiado (União Brasil), além do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (PL). Segundo ele, o partido está aberto tanto a lançar candidatura própria quanto a compor alianças.
Em paralelo às declarações políticas, uma pesquisa Datafolha divulgada neste sábado (6) mostrou como o eleitorado vê os possíveis candidatos da direita no momento. Em cenários de segundo turno, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparece à frente de Flávio Bolsonaro por 51% a 36%. Já contra Tarcísio de Freitas, Lula venceria por 41% a 36%, e contra Ratinho Jr., por 41% a 35%.
No primeiro turno, Lula lidera com 41%, seguido por Flávio Bolsonaro com 18% e Ratinho Jr. com 12%. A pesquisa também indicou que o sobrenome Bolsonaro carrega alta rejeição eleitoral, tanto de Jair quanto de seus filhos.
Ratinho, por outro lado, aparece com índices de rejeição menores e é visto dentro do PSD como um dos possíveis nomes competitivos para 2026, embora o governador mantenha o discurso de que está focado no Paraná e que “não é necessário ser candidato a tudo para colaborar com o país”.
Atento News, com informações do Poder 360, Reuters e Folha de São Paulo.