O Governo do Paraná anunciou a ampliação da lista de medicamentos para tratamento de saúde mental disponíveis na rede pública do Estado. A medida prevê a inclusão de novos fármacos no Sistema Único de Saúde (SUS) para atendimento ambulatorial, ou seja, voltado a pacientes acompanhados em consultas regulares, como nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs).
A previsão é que os novos medicamentos comecem a ser distribuídos nas farmácias do SUS no primeiro semestre de 2026. O investimento anual estimado é de cerca de R$ 30 milhões, e o fornecimento será feito exclusivamente mediante prescrição médica.
Entre os medicamentos incorporados ao Componente Básico da Assistência Farmacêutica estão o escitalopram, a sertralina e a venlafaxina, utilizados principalmente no tratamento de depressão e transtornos de ansiedade. Também passa a integrar a lista a naltrexona, indicada para casos de dependência de álcool e opioides.
Já no Componente Especializado, voltado a tratamentos de maior complexidade, foram incluídos o zuclopentixol e a paliperidona, utilizados como terapia complementar em casos de esquizofrenia e transtorno esquizoafetivo.
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, a atualização da lista busca modernizar os tratamentos oferecidos pelo SUS e ampliar o acesso da população a medicamentos mais atuais no cuidado da saúde mental. A definição dos novos fármacos contou com a participação da Associação Paranaense de Psiquiatria.
A aquisição e a distribuição dos medicamentos serão feitas pelo Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar) e pelo Consórcio Paraná Saúde, com repasses de recursos do Governo do Estado aos municípios.
A ampliação da lista de medicamentos se soma à rede já existente de atendimento em saúde mental no Paraná. O acesso ao serviço começa, em geral, pelas Unidades Básicas de Saúde, que fazem a avaliação inicial e os encaminhamentos necessários. O Estado também conta com Centros de Atenção Psicossocial (Caps), ambulatórios especializados, equipes multiprofissionais, leitos em hospitais gerais e especializados, além de serviços residenciais terapêuticos.
Em casos de urgência ou emergência, o atendimento pode ocorrer em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), pelo SAMU, em prontos-socorros ou nos próprios Caps, com continuidade do acompanhamento após a estabilização do paciente.
Atento News, com informações da AEN-PR.