A nova Ponte da Integração Brasil–Paraguai entra em operação gradual neste fim de semana e passa a ser mais uma alternativa para quem circula entre Foz do Iguaçu e a cidade paraguaia de Presidente Franco. A estrutura, financiada pelo governo brasileiro por meio da Itaipu Binacional, é a segunda ligação viária entre os dois países na região, até então atendida apenas pela Ponte da Amizade.
Com 760 metros de extensão e um vão-livre de 470 metros, o maior da América do Sul, a ponte tem projeto estaiado e duas torres de 190 metros de altura. O objetivo é reduzir a sobrecarga da Ponte da Amizade, que registra diariamente cerca de 100 mil pessoas e 45 mil veículos, segundo a Receita Federal.
A abertura oficial será nesta sexta-feira (19), na aduana instalada ao lado da nova travessia. Entre as autoridades presentes estará o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Como será a operação
Segundo os órgãos de fiscalização, a travessia começa no sábado (20), de forma limitada. Nesse primeiro momento, apenas caminhões descarregados, conhecidos como “em lastro”, poderão usar a ponte, dentro de horários definidos pela Receita Federal e pela Polícia Rodoviária Federal. A previsão é que ônibus de turismo fretados também sejam liberados em breve, conforme adaptação dos serviços de controle.
Os horários completos serão divulgados pelos órgãos responsáveis.
Investimento e infraestrutura
O investimento total na ponte e nos acessos chegou a R$ 712 milhões, bancados pela Itaipu Binacional. Desse valor, R$ 372 milhões foram destinados à construção da ponte e outros R$ 340 milhões à Perimetral Leste, via que liga a estrutura diretamente à BR-277 e retira o fluxo de veículos pesados do centro de Foz do Iguaçu.
A obra foi executada em modelo conjunto: o DNIT é o órgão responsável pela obra, o Governo do Paraná ficou encarregado da execução e a Itaipu financiou todas as etapas. A perimetral recebeu R$ 70 milhões em repasses da Itaipu desde 2024.
Novo cenário para a região
A ponte deve facilitar o transporte de cargas, melhorar o fluxo turístico e reorganizar o trânsito urbano de Foz. Para a Itaipu, trata-se de uma obra que muda a dinâmica regional ao oferecer um corredor mais seguro e eficiente. A aduana brasileira e os acessos já estão estruturados para a operação progressiva.
No Paraguai, a Itaipu também financia outra ponte estratégica, entre Porto Murtinho (MS) e Carmelo Peralta, voltada ao Corredor Bioceânico, rota que liga o Brasil aos portos do norte do Chile.
Atento News, com informações da Itaipu Binacional.