Tarifaço dos EUA leva madeireira do Paraná a cortar 400 empregos e suspender contratos de 1,1 mil trabalhadores

BrasPine, com fábricas em Jaguariaíva e Telêmaco Borba, atribui medidas à queda na demanda após tarifa de 50% sobre produtos brasileiros.
Foto: BrasPine/Divulgação

A madeireira BrasPine, uma das maiores indústrias do setor no Paraná, confirmou ontem (3) a demissão de cerca de 400 funcionários em Jaguariaíva e Telêmaco Borba, nos Campos Gerais.

A empresa também anunciou a suspensão temporária de contrato de 1,1 mil trabalhadores, que entram em regime de layoff, modelo em que o vínculo é mantido, mas as atividades ficam paralisadas, acompanhado de programas de qualificação profissional.

Foto: BrasPine/Divulgação

Segundo a BrasPine, as medidas foram motivadas pelo tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, em vigor desde agosto. A companhia afirmou que a nova taxação reduziu drasticamente a demanda internacional e afetou a viabilidade de operação das fábricas.

A indústria já havia adotado férias coletivas em julho, atingindo inicialmente 700 funcionários e depois ampliando para 1,5 mil. À época, a BrasPine informava ter aproximadamente 2,5 mil empregados entre Paraná, Curitiba, Porto Alegre e o setor florestal.

O setor madeireiro é um dos mais afetados pela medida norte-americana. Segundo a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), a cadeia da madeira gera cerca de 400 mil empregos diretos e indiretos no estado. Em 2024, o Paraná exportou mais de US$ 627 milhões em produtos florestais, como painéis compensados, molduras e madeira serrada.

A reportagem é do g1.

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