O paranaense Júnior Baggio, hoje arquiteto, designer, administrador, turismólogo, palestrante, consultor, mentor e montanhista, relembra os momentos que marcaram sua vida há 24 anos, quando esteve em Nova Iorque durante os atentados de 11 de setembro de 2001. Assista a entrevista na íntegra, abaixo.
Na época, Baggio havia encerrado um contrato de trabalho nos parques da Disney e decidiu viajar com amigos antes de seguir para a Espanha. Hospedado em Manhattan, ele planejava visitar as Torres Gêmeas na noite do dia 10, mas uma forte chuva fez o grupo adiar o passeio para a manhã seguinte, horas antes do embarque.

No dia 11, um atraso na saída do hotel mudou seu destino. Ele relata que acordou mais tarde e, ao ligar a televisão, viu o momento em que um dos aviões atingiu a primeira torre. “Se eu tivesse saído no horário combinado, estaria dentro das torres”, recorda.
Baggio ainda se lembra do caos vivido nas ruas: pessoas cobertas de poeira, correndo para deixar a ilha de Manhattan a pé, e a cidade em choque diante da tragédia. Seu voo para Barcelona, marcado para o mesmo dia, acabou cancelado, já que pela primeira vez na história os Estados Unidos fecharam todo o espaço aéreo.
Acompanha a entrevista:
Passadas mais de duas décadas, ele considera aquele atraso como uma segunda chance de vida. “Não foi coincidência. Aquela sequência de acontecimentos me mostrou que existe um propósito maior. Deus me deu uma nova oportunidade”, afirmou.
De volta ao Brasil, Baggio construiu carreira em diferentes áreas e também encontrou na experiência a motivação para inspirar outras pessoas. Hoje, ao lado da esposa Susana e dos filhos, ele mantém a memória viva do 11 de setembro, equilibrando a dor pelas vidas perdidas com a gratidão pela própria trajetória.