Temporal causa estragos em Guarapuava e região; Defesa Civil distribui lonas e telhas

Temporal provocou destelhamentos, quedas de árvores e falta de energia em Guarapuava e região; Defesa Civil distribuiu lonas e telhas e quase 50 cidades do Paraná têm abastecimento de água afetado, segundo a Sanepar.
Foto: Defesa Civil Municipal

O forte temporal que atingiu o Paraná neste domingo (21) e a madrugada desta segunda-feira (22) provocou estragos em Guarapuava e, com maior intensidade, em outras regiões do estado. Em Guarapuava, durante a manhã desta segunda, equipes da Defesa Civil Municipal entregaram lonas e telhas para famílias afetadas.

A Defesa Civil Municipal e o Corpo de Bombeiros atenderam, ao todo, em Guarapuava, nove residências detelhadas – três delas no Morro Alto- e as demais em pontos da cidade. Não houve, segundo os bombeiros, danos mais graves.

Estragos em Santa Maria do Oeste

Em Santa Maria do Oeste, a cerca de 100 quilômetros de Guarapuava, os ventos destruíram totalmente a cobertura de um posto de combustíveis. Imagens feitas por moradores mostram a estrutura metálica retorcida no chão, após ser arrancada pela força do vendaval.

Foto: Reprodução/ Redes Sociais

Os bombeiros de Guarapuava informaram que foram solicitados como apoio pela Defesa Civil do município. E que uma equipe dos bombeiros irá em conjunto com a Defesa Civil Estadual até Santa Maria do Oeste para acompanhar os danos e auxiliar nos atendimentos.

Não há mais informações sobre o número de pessoas prejudicadas até o momento.

Situação no Paraná

Segundo a Defesa Civil estadual, Dois Vizinhos, no Sudoeste, foi a cidade mais impactada, com 1,2 mil pessoas atingidas e cerca de 400 casas danificadas. Em Ponta Grossa, 200 pessoas foram afetadas e 50 residências tiveram danos. Em Curitiba, 60 mil imóveis ficaram sem luz na manhã desta segunda-feira, deixando 123 semáforos apagados.

Ainda em Ponta Grossa, uma escola teve a cobertura da quadra arrancada pelo vento. As aulas foram suspensas e os 320 alunos serão realocados, já que a unidade ficará interditada até o fim do ano.

De acordo com a Copel, por volta das 11h desta segunda, cerca de 462 mil imóveis do Paraná estavam sem energia elétrica. O problema afetou também o abastecimento de água: a Sanepar informou que quase 50 cidades enfrentam instabilidade no fornecimento, principalmente nos sistemas que dependem de energia para bombear água. Às 11h33, a Companhia de Saneamento informou que, na região central do estado, a situação mais crítica é Laranjeiras do Sul, onde será necessário trocar o transformador de energia da estação de tratamento. Ainda há falta de eletricidade em Manoel Ribas, Palmital, no distrito Palmeirinha em Guarapuava, Ortigueira, Ventania, Imbaú, Reserva e Foz do Jordão.

Força dos ventos e chuva

O Simepar informou que o temporal foi provocado pela passagem de uma frente fria associada a um ciclone extratropical, que se formou no oceano, na altura do Uruguai. A instabilidade ganhou força com a umidade vinda da Amazônia e resultou em tempestades severas.

Entre as rajadas mais fortes registradas no estado estão:

  • Ubiratã: 121 km/h
  • Maringá (Aeroporto): 103,7 km/h
  • Altônia: 102,2 km/h
  • Marechal Cândido Rondon: 101,2 km/h
  • Ponta Grossa: 83,9 km/h
  • Cascavel: 83,3 km/h
  • Laranjeiras do Sul: 80,3 km/h

Já em relação à chuva, os maiores acumulados até as 9h30 desta segunda foram: 102,2 mm em Ouro Verde do Oeste, 93,6 mm em Toledo e 92,6 mm em Ubiratã. Em Guarapuava, o volume chegou a 77,6 mm, segundo o Simepar.

Uma morte foi confirmada ontem (21), entre Guairaçá e Terra Rica, quando uma mulher foi atingida por uma árvore ao parar no acostamento da PR-180.

Orientações à população

A Sanepar recomenda que a população use a água com economia, priorizando alimentação e higiene, até a normalização dos sistemas. A Copel segue trabalhando para restabelecer a energia elétrica em todo o estado.

Apesar dos estragos, segundo a Defesa Civil, não houve registro de famílias desabrigadas em Guarapuava e região.

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