Há seis anos, a argentina Silvia Diaz, de 45 anos, decidiu mudar completamente de vida. Saiu de Bariloche, na Patagônia, onde trabalhava como professora de educação física e instrutora de esqui, e iniciou uma longa jornada de bicicleta que já passou por 22 estados brasileiros, além da Argentina e do Uruguai. Já são mais de 29,7 mil quilômetros percorridos.
“Quando subi na bicicleta, senti que estava livre”, contou Silvia, em entrevista ao Atento News, durante passagem por Guarapuava, nesta sexta-feira (24).
A aventura começou em 2020, pouco antes da pandemia. “Saí da Argentina e entrei no Uruguai em março. Quinze dias depois, as fronteiras fecharam. Fiquei lá por seis meses. Foi um tempo de aprendizado e adaptação”, lembra.
Silvia conta que a ideia da viagem surgiu após ver a foto de uma mulher pedalando sozinha no Vietnã. “Quando vi aquela imagem, pensei: é isso que eu quero fazer. Vendi o carro, as coisas, comprei a bicicleta e parti. Tudo foi se encaixando.”
Pelo caminho, ela enfrenta subidas, chuva, calor e preconceitos. Mas diz que a experiência vai muito além do físico. “Quando você faz algo que ama, não pode ter medo. Eu peço licença à natureza todos os dias e sigo. Nunca aconteceu nada ruim comigo.”
Sobre o desafio de ser mulher viajando sozinha, ela é direta: “Eu não estou procurando nada além de viver minha vida do meu jeito. Peço apenas respeito. As pessoas ainda julgam demais.”
Atualmente, Silvia vende artesanatos, pulseiras, brincos, mandalitas e tornozeleiras, para se manter na estrada. Ela também compartilha sua trajetória nas redes sociais e recebe apoio de quem acompanha a jornada.
“Faltam cinco estados para completar o Brasil: Espírito Santo, Acre, Rondônia, Amazonas e Tocantins. Depois, ninguém sabe. Não planejo muito, deixo o universo me guiar.”
Quem quiser apoiar ou conhecer mais o trabalho de Silvia pode entrar em contato pelo Pix: (53) 9 9929-5350 (Paola D.P).
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