A casa que ele ergueu com tanto esforço virou um amontoado de tábuas partidas. Gilberto, catador de recicláveis, ainda tenta entender o que restou depois da ventania. Vive com pouco: R$ 1.700 por mês, mas disse que ali, naquele canto simples, morava o seu sonho.
“Era um sonho aqui. Acabou tudo. Só Deus mesmo. Ainda agradeci a Deus que estou vivo”, disse, olhando para os pedaços de madeira espalhados pelo chão.
Gilberto contou que vendeu uma pequena propriedade, presente do sogro, para construir a casa que agora não existe mais. As economias de anos desapareceram em minutos.
“Não tenho mais o que fazer. Agradecer a Deus que está vivo. Não tenho mais palavras.”
Por William Batista